Hoje quando chegamos em uma livraria espírita(ou não) encontramos milhares de títulos nas prateleiras e dezenas de editoras querendo seu lugar ao sol nas casas dos leitores. Exatamente são mais de 4.000 mil títulos e mais de 100 milhões de exemplares vendidos. (Fonte. FEEC.). Temos verdadeiros Best-sellers, como: Divaldo Franco, Chico Xavier, Robson Pinheiro, Mônica de Castro, dentre outros. As editoras produzem livros hoje bem mais atraentes, com capa dura e Layout bem mais leve. Não perdendo em nada se comparado com as grandes editoras. Têm-se uma abertura maior as obras mediúnicas nestes últimos tempos do que a 10 ou 15 anos atrás.
Praticamente tudo que vem pela via mediúnica é publicado. Livros ditos “Espíritas” com conteúdos duvidosos e Fantásticos enchem as prateleiras das livrarias espíritas. Muitos de nós sem ter uma base segura em Allan Kardec acabamos por aceitar tudo que vem pela mediunidade como verdade, sem examinar nada. É sempre bom lembrar que a mediunidade não pertence ao Espiritismo, a doutrina só a estudou para que aqueles que tratem dela possam praticá-la com segurança e sem escolhos.Não quer dizer que porque é obra mediúnica seja espírita.Isto faz com que o Espiritismo fique sem credibilidade. Então qual o parâmetro que podemos usar para termos mais segurança? A resposta a está pergunta é, Allan Kardec. O mestre previu, através da experiência e pesquisa todos os inconvenientes, e sempre sob a orientação dos espíritos superiores.
Na revista espírita de 1863 do mês de maio temos um ótimo artigo com o título, ’’exame das comunicações mediúnicas que nos são enviadas”. Vejamos:
Na revista espírita de 1863 do mês de maio temos um ótimo artigo com o título, ’’exame das comunicações mediúnicas que nos são enviadas”. Vejamos:
(...) “Aplicando esses princípios de ecletismo às comunicações que nos são enviadas, diremos que em 3.600 há mais de 3.000 que são de moralidade irreprochável, e excelentes como fundo; mas que desse número nem 300 merecem publicidade e apenas 100 têm mérito fora do comum. Como essas comunicações vieram de muitos pontos diferentes, inferimos que a proporção deve ser mais ou menos geral. Por aí pode julgar-se da necessidade de não publicar inconsideradamente tudo quanto vem dos Espíritos, se quisermos atingir o objetivo a que nos propomos, tanto do ponto de vista material quanto do efeito moral e da opinião que os indiferentes possam fazer do Espiritismo”.
Podemos observar o quanto Kardec era criterioso com as comunicações. Mas porque ele era assim? Ele sabia que a humanidade abrange não só os encarnados, mas também os desencarnados, e assim como aqui existem sábios, bons, maus, ignorantes, pseudo-sábios, literatos, espertos, gozadores, etc. do outro lado não seria diferente. Por isso o critério. Continuando:
(...) “eis por que, ao lado de alguns bons pensamentos, encontram-se, muitas vezes, idéias
excêntricas e traços inequívocos da mais profunda ignorância. É nessas modalidades de trabalhos mediúnicos que temos notado mais sinais de obsessão, dos quais um dos mais freqüentes é a injunção por parte do Espírito de os mandar imprimir; e alguns pensam erradamente que tal recomendação é suficiente para encontrar um editor atencioso que se encarregue da tarefa”.
Mas Kardec nem imaginava que hoje, em pleno século 21 os editores estão aceitando o “mandar imprimir” sem exame algum.
(...) “É principalmente em semelhante caso que um exame escrupuloso é necessário, se não nos quisermos expor a fazer discípulos à nossa custa. É, ainda, o melhor meio de afastar os
Espíritos presunçosos e pseudo-sábios, que se retiram inevitavelmente quando não encontram instrumentos dóceis a quem façam aceitar suas palavras como artigos de fé. A intromissão
desses Espíritos nas comunicações é, fato conhecido, o maior escolho do Espiritismo. Toda precaução é pouca para evitar as publicações lamentáveis. Em tais casos, mais vale pecar por excesso de prudência, no interesse da causa”(...)
Poderia enumerar vários livros e autores aqui, mas ficaria muito extenso e maçante para quem lê. O que foi escrito acima é só uma introdução para temas e livros que iremos discutir e estudar em artigos futuros, mas sempre confrontando um texto das obras da doutrina com certas informações.
Todos tem liberdade para ler ou não muitas obras que são editadas, podemos acreditar nas informações e nos espíritos que nos diz, mas daí colocar livros e informações como complementares(fazendo até palestras destas informações) sem critério algum é não dar crédito a metodologia empregada por Allan Kardec. Desfigurando assim a Doutrina Espírita e alimentando um lado nosso muito forte que é o místico, e ela(a doutrina) é o contra ponto disto. Uma vez li uma frase interessante, “O Espiritismo será no futuro o que fizermos dele” o que estamos fazendo dela então? Vamos pensar...
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